Não Permita que os Outros o Desalinhem ...
A Por vezes achamos que os outros são tão importantes para nós que lhes oferecemos um espaço dentro de nós que deveria ser só nosso.
Ao permitirmos que os outros tomem conta desse espaço a sua voz passa a existir dentro de nós como se fosse nossa. Passa a ser uma voz que compete com a nossa própria Voz, uma voz que constantemente luta pelo controlo dos nossos pensamentos, que constantemente produz em nós emoções que, de outra, forma, não sentiríamos. Uma voz que não só nos perturba mas, fundamentalmente, nos desequilibra, nos afasta da nossa harmonia interna, do nosso alinhamento.
E no entanto, em última instância, essa voz que achamos que é dos outros, que nos diz o que os outros pensam ou acham ou sentem, é nossa também. É uma produção da nossa mente. É a nossa interpretação pessoal de algo que o outro nos disse ou fez. Estamos a assistir ao filme da nossa vida do qual o outro faz parte, a interpretá-lo, a tecer julgamentos sobre o que acontece e a imaginar o que o outro sente ou pensa acerca desse mesmo filme.
Nós mesmos somos o factor desalinhador da nossa harmonia interna.
Então expulsemos os outros de dentro de nós, de dentro desse espaço que é só nosso, esse espaço onde habita a Voz que sabe quem somos e o que é melhor para nós de uma forma tão profunda e verdadeira, que nada neste mundo a poderá superar, muito menos outra voz qualquer.
O que não significa deixar de amar os outros. Antes pelo contrário. Significa que devemos passar a viver esse amor por aquilo que ele realmente é. Amar significa dar de nós incondicionalmente. Não significa esperar algo em troca. E não significa trazer a possível voz do outro para dentro de nós mesmos.
Amar é dar, simplesmente. Como uma flor que desabrocha e dá-se ao mundo, simplesmente. Nada mais existe dentro dessa flor sem ser a sua linda Essência. E essa Flor nada pede em retorno.
Se deixamos que a voz dos outros nos desalinhe e perturbe, rapidamente deixamos de ouvir a Voz da nossa Essência.
Se permitimos que isto aconteça, como podemos esperar ser capazes de amar, ser capazes de desabrochar, de verdadeiramente nos darmos ao mundo e aos outros que nos são tão importantes?
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